Durante alguns anos, foi tradição comer-se arroz pardo ao almoço de Domingo.
Pequenos e grandes, todos adoravam!
Numa das festas de aniversário do meu filho Pedro, fiz arroz pardo para os convidados, cerca de 20 pessoas, na sua maioria naturais do concelho de Porto de Mós. Para minha grande admiração, só os meus sogros é que já tinham comido este petisco.
Ao principio provaram a meu pedido e a medo, mas como gostaram acabaram por comer e por chorar por mais.
É engraçado, como é que de região para região, os usos e os costumes mudam tanto.
Claro, que só podemos fazer esta comida se tivermos galos ou galinhas criadas por nós ou de alguém de confiança.
No fim de semana passado, juntei 12 pessoas da minha família para almoçar, e aproveitando o facto da minha queria amiga Ana Maria, estar disponível para matar uns galos, fiz arroz pardo com o galo maior da capoeira.
Receita:
Corta-se o galo ou galinha em pedaços pequenos.
Num tacho leva-se a estrugir alhos e cebola picados em azeite, junta-se uma folha de louro.
Quando a cebola estiver bem amarelinha, juntam-se os pedaços de galo e deixa-se estrugir bem, mexendo várias vezes com a colher de pau, até deixarmos de ver sangue na carne. Nessa altura, temperamos com pimentão doce, ou massa de pimentão, um bom vinho tinto ou branco, sal e piripiri e deixa-se apurar. Junta-se água necessária para cozer o galo e o arroz e deixa-se cozer bem. Junta-se o arroz, em norma, uma mão cheia para cada pessoa, retificam-se os temperos e quando o arroz estiver quase cozido, junta-se um pouco de sangue e vai-se mexendo, para incorporar bem. Este arroz tem que ficar com muito caldo, às vezes é necessário juntar um pouco de água depois de pôr o arroz. Devemos ter sempre uma cafeteira de água quente perto.
Deixa-se ferver 2 ou 3 minutos e desliga-se o fogão.
Serve-se de imediato.
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O arroz deve ficar solto com molho |
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A família reunida à volta do tacho |
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